Os efeitos colaterais da pandemia sobre a vida das Mulheres

As crises não são democráticas. São na verdade, uma questãode desigualdade. E as sequelas desses cenários são sempre maiores e mais duradouras para grupos mais vulneráveis como as mulheres.

 

Além de sentir os efeitos trabalhistas e econômicos mais duros na pandemia, trabalhadoras e trabalhadores metalúrgicos da região metropolitana de Simões Filho em 2020 foram impactados com a saída das empresas Vale, Robert Bosch, Lata Pack Ball e Cameron. Cerca de 2500 postos de trabalho foram extintos e no bojo dessa conjuntura nefasta, as mulheres foram as maiores vítimas, as primeiras a serem demitidas, como sempre, e com a pandemia do COVID 19, a situação tem ficado ainda muito pior.

 

Além das demissões pontuais que aconteceram durante o ano pela falta de compromisso e respeito do desgoverno de Bolsonaro em proteger os empregos, evidenciamos também a falta de compromisso do Prefeito e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município de Simões Filho, quando pontuamos a gravidade do que estava acontecendo. Buscamos sensibilizar os poderes locais quanto os impactos sociais e econômicos que afetariam em primeiro plano a vida das mulheres e dos mais pobres, além do aumento da violência e da criminalidade que já é muito grande na região por falta de investimentos na educação e na saúde dos moradores.

 

"As crises não são democráticas. São na verdade, uma questãode desigualdade. E as sequelas desses cenários são sempre maiores e mais duradouras para grupos mais vulneráveis como as mulheres", declara Valéria, dirigente do Stim Simões Filho.

 

 

A pandemia desnudou a face perversa do machismo e da violência doméstica que já denunciávamos muito antes, as altas taxas de feminicídio e da miserabilidade social se agravaram.

 

A única fonte de renda que pode trazer um certo alento, veio do auxílio emergencial, fruto da luta dos movimentos sociais e de uma força tarefa de parlamentares comprometidos com o povo e a democracia. Bolsonaro dizia que era preciso salvar a economia, não se preocupava com a vida do povo que estava morrendo.

 

A Pandemia continua em 2021 e já matou mais de 250 mil brasileiros e brasileiras, na sua grande maioria pobre, negros e negras os mais expostos e desamparados pelo governo genocida de Bolsonaro que retirou o auxílio emergencial, aumentou os preços do gás de cozinha, dos combustíveis e dos alimentos.

 

A nossa luta enquanto movimento sindical está para além das pautas econômicas, nós queremos que este governo se comprometa com a saúde do povo, que não faça pouco caso com as famílias enlutadas, que seja rápido em amparar os mais pobres, como o é com os bancos, que não zombe, ironize ou incentive aglomerações em plena pandemia. Que pare de incentivar o uso de medicamentos sem eficácia alguma comprovada para combater o vírus, respeite a ciência e as pesquisas que salvam vida, que priorize as vacinas para todos e todas.

 

O sindicato dos Metalúrgicos e Metalúrgicas de Simões Filho, através de sua Secretaria de Mulher se solidariza com todos e todas que neste momento sentem a dor da perda de um ente querido, vítima do COVID19. E que mantém firme os ideais de uma sociedade justa, democrática, soberana e igualitária e que seguiremos em luta contra o fascismo e a opressão, por vacina para todos já e auxilio emergencial imediato.

 

Jornal

A inserção da população negra no mercado de trabalho

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